quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE NATAL


 

SALVE, SALVE, O NATAL...

Do Papai Noel
Do comércio
Dos presentes
Dos brinquedos
Das árvores
 Dos bonecos de neves em país tropical
 Da superficialidade dos abraços apertados
Dos sem ressentimentos temporários
 Da “lembrança” de que se é irmão
Das reuniões dos indiferentes
Da compaixão teatral
Da promoção da igualdade desigual
Das luzes colorindo as casas
 Da hipocrisia ofuscando os lares
 Nossa! Ia até me esquecendo do Aniversário de Jesus!
Perdão!

Ivone Alves Sol



sábado, 10 de dezembro de 2011

POEMA MENSAGEM DE FIM DE ANO





MANHAS DO VIVER



Mais um ano chega ao final

Porque as horas têm tempo

E o seu movimento é banal

Nada é igual em seu andamento



Mas se o tempo não demora

Que eu viva agora meu dia

È na melodia das horas

Que danço – envolta de alegria



Pinte-se de magia

Sorria das horas sem graça

Arrisque uma valsa sem coreografia

Dê fantasia ao que lhe falta



Que fiquem exaustas as horas

Você não vai embora se o dia termina

É nossa sina viver o agora

Outrora é uma hora que ficou na rima



Ensina aos teus passos o caminho

Teu destino é seguir

O porvir é só um menino

Que sorrindo espera por ti



Eu aprendi com as manhãs

Todas as manhas do viver

Ah... E viver é tão bom!

Que meu refrão é renascer!



Eu nasço todos os dias

Eu vivo todas as horas



Eu vivo,

Eu vivo!

Eu vivo...



Ivone Alves Sol





FORA DE MIM







 


terça-feira, 29 de novembro de 2011

SEM RETORNO



SEM RETORNO

Dei-me em tudo e em nada estive
Não por não estar no que dei
É que só dei o que eu tive
- Fui invisível no que mostrei

Dei-me aos sonhos, inteira
Não me restou no que fiquei
A não ser a incômoda celeuma
Dessa saudade do que não sei

Dei-me em tudo e não me dei
Não por não me dar...

Ivone Alves Sol


sábado, 26 de novembro de 2011

LACONISMO


                                                                                                                                Imagem do Google

LACONISMO

Eu ainda beijava
Quando os rostos se apartaram
Ficaram as flamas no corpo
E um pensamento absorto no quarto
Um quarto do tempo é tão pouco
Um porto é um espaço pequeno
Pr’um momento em que sonho
É do tamanho do tempo

Ivone Alves Sol





MÁQUINA DO TEMPO


Imagem do Google


Quem ideou a máquina do tempo
Ou estava sem tempo ou desatento
Criou rodas que não voltam – quadradas
Passos dando voltas sem estradas.

Não viu os contras em tempo
- Contratempo era ação do vento
Espalhando névoa no cérebro
Vedando visão, com excessos

Inventou era sem beira
Hora marcada em ribanceira
Passa por tudo sem relevar
E leva – sem chance de voltar

Ivone Alves Sol



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UM HOMEM DO MAR E DAS LETRAS



 

À Eurípedes Barbosa Ribeiro

Tens no mar caminhos percorridos
E no amar, um mar de inspiração
Da fonte salgada, o doce é bebido
No pélago fluído do teu coração

És marinheiro em mar aberto
Tocas os empíreos com poesia
Remas nas ondas dos versos
Ancoras na sólida fantasia

Marujo poeta que encanta o mar
E tinge de azul, as suas águas
Murmuras ao vento o seu pesar
E encontra nas ondas a sua calma.

És homem do mar e das letras
Na linha do tempo vive a singrar
Tu’alma sobrepuja as correntezas
Toca em nós com o teu versejar

Ivone Alves Sol

Um poema que dediquei ao nosso saudoso amigo e poeta, Eurípedes Barbosa Ribeiro, numa homenagem pelo dia do Marinheiro, em 2009. Com o mesmo respeito e carinho, eu volto a lhe dedicar nesse momento, pois sei que de alguma forma, ele continua vivo dentro de cada um de nós que aprendemos a admirar sua obra, mas, sobretudo, o amigo e o cidadão, que em tão pouco tempo, nos transmitiu tantos saberes e lições de vida. A vida continua onde você estiver, caro poeta!

Lançamento da Antologia promovida pelo Projeto Alma Brasileira, 
Amor em Verso e Prosa, livro do qual Eurípedes  é coautor, 
juntamente com os demais integrantes da foto.
              Eurípedes é autor do livro AMORES DISPERSOS E OUTROS VERSOS e coautor da "Antologia Amor em Verso e Prosa", Volumes I e II e da Antologia de contos "Um dia de Esperança", do Projeto Alma Brasileira. Era autor filiado à Câmara Baiana do Livro, ao movimento Poetas del Mundo e membro da Academia de Cultura da Bahia.

Veja nesse link, um áudio emocionante de um poema do Eury.




sábado, 12 de novembro de 2011

SEM SABER...


 
SEM SABER...

Gosto de sentir isso que não sei
Do que me apossei, nada é meu
Do que é teu, só o olhar toquei
E nem sei se ele foi meu...

Meu eu ateu costuma a crer
No que não vê, por impressão
E o coração, sem saber dizer,
Diz sem saber, de minha intenção

Ivone Alves Sol




sábado, 8 de outubro de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO SOLvendo Sentidos de Ivone Alves Sol

  
             O esperado livro da poeta Ivone Alves Sol será lançado no dia 14 de outubro no SESC de Nazaré, Salvador - BA. SOLvendo Sentidos é o primeiro livro individual da autora que já publicou em 5  Antologias organizadas pelo Projeto Alma Brasileira. Embora escreva desde sua adolescência, somente em 2008, Sol começou a prestar atenção no que escrevia, quando por incentivo de seu irmão, ingressou num site literário. Hoje dispondo de mais de mil produções envolvendo poemas livres e métricos, como Sonetos, Haikais e Rondel, a autora escolhe para seu livro o que considera sua essência poética: poemas que questionam o ser, que apontam a pluralidade do individuo e seus conflitos existenciais. “Ficção e realidade se confundem nos encontros e motins dos meus eus poéticos, que brincam com as palavras enquanto derramam seus sentimentos em versos...” (Sol). São textos envolventes, com boa sonoridade e estética poética.
                  Perguntada sobre a escolha do título, a autora diz que o livro traduz o que ela solve dos sentidos da vida e a sua maneira de ver sentido no que, da vida, ela absorve.
            A primeira edição do SOLvendo Sentidos conta com o apoio cultural da Escola Letras e Números, situada na capital baiana. Uma iniciativa laudável e rara quando se trata de escritores iniciantes.

O evento de lançamento contará com recital e música. A participação musical fica por conta dos Músicos Juca dy Paulo e Andriz Petson.  

Juca dy Paulo é cantor e compositor. 
E-mail: Juca@jucadypaulo.com.br   
Andriz Petson é trompetista e poeta 
http://www.andrizpetson.blogspot.com/

Por Rogério Motta.
Ator, escritor e apresentador de TV                                                               
DRT: 24884 SP
                                                                                                             APOIO CULTURAL
 REALIZAÇÃO                                                               
Serviço: 
O que: Lançamento do Livro
Onde: SESC  de Nazaré
Quando: Dia 14 às 19h
Entrada: Grátis 
Informações: (71)  91120623 ou sol35dantas@hotmail.com

domingo, 11 de setembro de 2011

DESCONTENTAMENTO




DESCONTENTAMENTO

Eu queria falar das coisas sem falar de mim.
Falar deste céu azul, que avisto da janela,
Sem tingi-lo com as cinzas dos meus olhos.
Oscular a madrugada que me sentinela,
Sem conspurcá-la com os meus remorsos.

Eu queria saber as coisas sem saber de mim.
Saber que o amor tem dimensões infinitas,
Sem saber que em mim, o infindo é lacônico.
Que a vida deve ser, a todo instante, erigida,
E ignorar que morro na demolição dos sonhos.

Eu queria sentir as coisas sem sentir a mim.
Sentir essa brisa que adentra meu quarto,
Sem sentir o vazio que enche minha alma.
O calor oriundo de um abraço apertado
Sem sentir esse aperto que me tira a calma.

Eu queria viver nas coisas sem viver em mim.
Viver nesse Mar de ilusão que me é tão real,
Sem viver a literalidade desse eu induzido,
Assistido por mim, sem ser compreendido...
Ignorar essa vida pronta a qual não comecei.

Ivone Alves SOL 



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ivone Alves Sol no Programa Amor e Poesia com Daniel Amaral

           
          Um grande presente que ganhei do meu querido amigo, Daniel Amaral, diretamente de Portugal em seu programa Amor e Poesia. O Daniel além de um grande locutor – e olha que disso eu entendo, é um excelente poeta.
         No áudio, Daniel recita magnificamente alguns poemas meus, e alude à minha síntese biográfica.
        Obrigada, Daniel! Nobilita-me muito fazer parte de seu seleto espaço poético.
       
        Vale à pena visitar seu site e conferir suas publicações de muito bom gosto!


  • ART / ART         
  • Daniel Amaral



Neste novo podcast, apresento as belas poesias de Célia Laborne e Ivone Alves Sol. Célia, de Belo Horizonte, Minas Gerais e Ivone, de Salvador, na Bahia. Duas belas escritoras e poetas brasileiras de grande sensibilidade.

Músicas: 
Grand'Hotel_Paula Toller; The Story of What Happened_Jasmine Brunch; Corcovado_Elis Regina e Tom Jobim; Pyramid_Yves Coignet; The Best of Meditation_Satori; Encontro e Bela Flor_Maria Gadú.

 

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sábado, 3 de setembro de 2011

QUEM HÁ DE SABER?


QUEM HÁ DE SABER...

Minha’alma enleva num voo leve
De um ar que bebe minha sede
E irrompe as paredes da neve
Como uma prece que não de deteve

Dou-lhe asas num enlaço
D’um abraço em que os olhos se beijam
E o que adeja são os passos
No espaço onde o Mar veleja

Que minh’alma seja mais feliz que eu
E que seu apogeu seja fora de mim
Se assim for, saberei qu’ela viveu
E eu? Quem há de saber o fim...?

Ivone Alves Sol





quarta-feira, 17 de agosto de 2011

EMOÇÃO SEM MEDIDORES


Imagem: Lu Genovez

EMOÇÃO SEM MEDIDORES

Os olhos levitavam nas águas...
Entre as pálpebras, o Sol fulgiu.
E no céu se esparziu – feito lavas,
Rubras camadas sobre o anil!

Ah! Só quem viu sabe o refrão,
Da canção que surgiu nas cores
-Tambores de onda percussão,
E emoção sem medidores!

Calem-se os cantores arredios!
No palco que se abriu no olhar,
Canta o Mar, o que o Sol redigiu!

Ivone Alves Sol


Poema inspirado num espetáculo crepuscular fotografado pela Lu Genovez.
Parabéns e obrigada, amiga querida! Como diria você, beijão grandão!

sábado, 13 de agosto de 2011

PARA TI...

PARA TI...

São para ti, esses versos tortos
Composto de tintas de ilusão
Um coração de corpo exposto
E rosto coberto de solidão

Foi para ti o sorriso aberto
Meu jeito incerto de te acertar
Fiz-me estar de longe, perto
Eu me quero onde tu estás

São para ti meus altares
E meus olhares pagãos
A fusão de meus alardes
No disfarce dessa canção

Ivone Alves Sol




UM POEMA AOS PAIS

Meu papi e Eu - junho de 2010


PAIsando

Que o teu AMOR compreenda meus sonhos
E que não haja tamanho para nosso amar
Deixe-me hospedar num abraço longo
Onde eu me ponho a te escutar

Com teu CARINHO farei meu riso
Esse que preciso para te animar
Que teu olhar me seja um abrigo
E esteja comigo em todo lugar

Que haja COMPREENSÃO no que eu falho
Ainda sou atalho de onde vou chegar
Mas, se me abrigar, no aconchego de teus braços
Faço de teus passos, os pés para eu andar

Que eu tenha de ti a ATENÇÃO
E que minha emoção não fique vazia
Quando a alegria em meu coração
Buscar em tua canção, minha sintonia

Ivone Alves Sol


Sol no colo do papi Hildo Dantas

Ao senhor Dantas, o carinho eterno da única filha 
que não é normal em nossa família rsrsrs. Bjs Papi!!!  

Felicito a todos os pais que aqui passarem, e que meus votos de felicidade 
se entendam a todos os pais de mundo, em qualquer instância de ser pai!



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

EFEMERIDADE

EFEMERIDADE

Eu que nunca me soube
E vivi do que me coube estar
Vejo-me no emaranhar de cores
Por meus refletores ao desligar

E com as pálpebras cerradas
E mente dobrada nos ombros
Quebro-me no estrondo das travas
E solto lavas em meus tombos

Espalho sonhos nos mananciais
Liberto os ais de minha garganta
E de minhas tantas uma se desfaz
Por não viver mais de lembranças

Quero-me criança crescida
Nas divisas de um viver
Sem ter pontos de partida
Apenas pistas a percorrer

Porque me saber é efêmero
E, se me tenho, é tão pouco
Vivo entorno de um tempo
De entendimento absorto

Ivone Alves Sol


terça-feira, 2 de agosto de 2011

MEU ANIVERSÁRIO

Mais um ano enSOLarado!

Eu vi os anos passarem
Primaveras mudarem de cor
Vi o pintor brincar com a arte
Na tela da face que mudou

Eu vi o sol abrir o céu
Vergel em nuvens brancas
Vi os barcos de papel
Remarem minha criança

Eu vi tantas vistas
Tantas pistas de esperança
Vi artimanhas embutidas
Num canto da lembrança

Eu vi a dança do vento
No tempo que passou
E o que restou dos momentos
Que a vida expirou

Eu vi o tempo esvair
Ao perseguir aos sonhos
Vi o tamanho do porvir
E seguir os anos

E assim passara o tempo
Levando os momentos e me deixando
Ficando eu sigo vivendo
E a vida me espiando

Ivone Alves Sol

De mim para mim em meu aniversário.
Estive em tudo que vivi, até quando não vi, atrás das nuvens...
Sol
Uma de minhas músicas especiais....