segunda-feira, 19 de setembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
DESCONTENTAMENTO
DESCONTENTAMENTO
Eu queria falar das coisas sem falar de mim.
Falar deste céu azul, que avisto da janela,
Sem tingi-lo com as cinzas dos meus olhos.
Oscular a madrugada que me sentinela,
Sem conspurcá-la com os meus remorsos.
Eu queria saber as coisas sem saber de mim.
Saber que o amor tem dimensões infinitas,
Sem saber que em mim, o infindo é lacônico.
Que a vida deve ser, a todo instante, erigida,
E ignorar que morro na demolição dos sonhos.
Eu queria sentir as coisas sem sentir a mim.
Sentir essa brisa que adentra meu quarto,
Sem sentir o vazio que enche minha alma.
O calor oriundo de um abraço apertado
Sem sentir esse aperto que me tira a calma.
Eu queria viver nas coisas sem viver em mim.
Viver nesse Mar de ilusão que me é tão real,
Sem viver a literalidade desse eu induzido,
Assistido por mim, sem ser compreendido...
Ignorar essa vida pronta a qual não comecei.
Ivone Alves SOL
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Ivone Alves Sol no Programa Amor e Poesia com Daniel Amaral
Um grande presente que ganhei do meu querido amigo, Daniel Amaral, diretamente de Portugal em seu programa Amor e Poesia. O Daniel além de um grande locutor – e olha que disso eu entendo, é um excelente poeta.
No áudio, Daniel recita magnificamente alguns poemas meus, e alude à minha síntese biográfica.
Obrigada, Daniel! Nobilita-me muito fazer parte de seu seleto espaço poético.
Vale à pena visitar seu site e conferir suas publicações de muito bom gosto!
- ART / ART
- Daniel Amaral
Neste novo podcast, apresento as belas poesias de Célia Laborne e Ivone Alves Sol. Célia, de Belo Horizonte, Minas Gerais e Ivone, de Salvador, na Bahia. Duas belas escritoras e poetas brasileiras de grande sensibilidade.
Músicas:
Grand'Hotel_Paula Toller; The Story of What Happened_Jasmine Brunch; Corcovado_Elis Regina e Tom Jobim; Pyramid_Yves Coignet; The Best of Meditation_Satori; Encontro e Bela Flor_Maria Gadú.
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sábado, 3 de setembro de 2011
QUEM HÁ DE SABER?
QUEM HÁ DE SABER...
Minha’alma enleva num voo leve
De um ar que bebe minha sede
E irrompe as paredes da neve
Como uma prece que não de deteve
Dou-lhe asas num enlaço
D’um abraço em que os olhos se beijam
E o que adeja são os passos
No espaço onde o Mar veleja
Que minh’alma seja mais feliz que eu
E que seu apogeu seja fora de mim
Se assim for, saberei qu’ela viveu
E eu? Quem há de saber o fim...?
Ivone Alves Sol
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