sexta-feira, 29 de julho de 2011

PRETERIÇÃO






PRETERIÇÃO


Sou o que ficou no caminho
O tempo perdido num canto qualquer
O verso vomitado de um pergaminho
Os olhos cinza de uma mulher

Não é verde o meu olhar
Nem há borboletas dentro de mim
Eu sou o fim de um esperar
Que sem acabar, termina aqui

Sou o que partiu sem me levar
Um peito a sangrar a preterição
Sou a ação empreitada no mar
E naufragada em meu coração

Sou uma lágrima a evaporar
Dentro de um nevoeiro
O medo de sonhar...
Pra não ter pesadelos

Ivone Alves Sol

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