De tanto tu seres, nem minhas tantos te sabem.
Pois se ainda me pergunto com que alma estou,
Qual de mim ouve teu ser fingidor, sem alarde?
Dispenso a práxis de que o poeta é um sabedor.
O poeta é um sentiDOR – eu soletro os sentidos.
Saber-te Pessoa, sentindo teu clamor ao mar,
Mesmo de outro lugar, eu respiro versos líricos,
Que sem saber por que ama, insiste em aMAR
Sentir o amor que se revela sem saber não é difícil,
Mas conter sua corrente, tu disseste não ser fácil.
O que faço se Deus deu ao mar perigo e abismo,
Senão valer do ceticismo em que me amparo?
Ah, minhas almas são tantas e não são pequenas!
Fazei valer à pena essa torrente em mim
Pois se “a vida é breve, a alma é vasta”
Os sentidos bastam, para minha Pessoa fluir
Ivone Alves Sol
Meu carinho eterno ao Fernando Pessoa, um dos maiores poetas de todos os tempos, pelo seu aniversário e por continuar vivo em nós. Além de ser sua fã, o Pessoa é meu Patrono na
Academia de Cultura da Bahia.
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