DETRÁS DA MOLDURA
Não estou emoldurada no que se vê.
Quem haverá de entender os mistérios?
Se, nem eu, sei me dizer
E, quando digo, não me revelo.
Sou o que orvalha atrás dos óculos,
A chuva que o tempo não prevê.
- Não me vejam no notório,
Estou no que deixam de ler.
Encontro-me no ponto esquecido
Ao esboçar o meu perfil;
No texto não redigido,
No parêntese que se abriu.
Fecho aspas e abro o leque,
Linko a minha introspecção...
As reticências se repetem,
Quando há interrogação.
Ivone Alves Sol
Adorei tudo que li aqui!
ResponderExcluirParabéns.
Beijo