Não
há de ser poesia
Essas
palavras cruzadas,
Catadas
na mente...
Esses
traços bordados
De
purpurinas...
E
nem mesmo na rima
O
som se afina.
Não!
Não há de ser, não...
Falta
a emoção do fim do dia,
A
caligem do arrebol,
Falta
nostalgia...
A
inspiração do sol!
Não
pode ser poesia
Essa
minha agonia,
Em
frases prontas.
O
riso faz-de-conta...
Tácito
em linhas retas,
Disperso
em ondas.
Eu
quero uma imagem
Abruptamente
embriagada,
De
tudo...
De
nada...
Mas
que tenha alma,
Que
vibre no que fala;
Que
se cale, pra falar!
Eu
quero a poesia
Das
palavras soltas,
De
versos nadando
Em
lágrimas...
De
alegria,
De
tristeza,
Mas
sem a frieza
Das
palavras cruzadas!
Ivone
Alves Sol
Parabéns
a todos que fazem e que sentem a poesia!
Salve,
salve! Castro Alves!!!